A relação de Papa Francisco com a música
Bach, Beethoven e, especialmente, Mozart estavam entre as suas principais admirações
Após passar 37 dias hospitalizado entre fevereiro e março devido a complicações respiratórias, Jorge Mario Bergoglio não resistiu. O Vaticano anunciou nesta segunda-feira (21) a morte do Papa Francisco. Reconhecido por quebrar tradições, ele entrou para a história como o primeiro líder latino-americano da Igreja Católica — um marco para o papado e para a fé de milhões ao redor do mundo.
A música sempre teve um espaço especial na vida de Francisco, que nutria grande admiração por compositores clássicos como Bach, Beethoven e, especialmente, Mozart.
“A peça de Bach que eu amo profundamente é o Erbarme Dich, as lágrimas de Pedro na Paixão segundo São Mateus. Sublime. Depois, em um nível diferente, não íntimo da mesma forma, eu amo Wagner. Gosto de ouvi-lo, mas não o tempo todo. A apresentação do Anel de Wagner por Furtwängler na La Scala, em Milão, em 1950, é para mim a melhor. Mas também o Parsifal de Knappertsbusch em 1962.”
Foto: divulgação
Entre suas referências musicais mais queridas, ele ainda destacava a soprano argentina Haudée Dabusti, frequentemente apelidada de “Maria Callas de Buenos Aires”. Em sua autobiografia O Jesuíta, Papa também revelou afinidade com sons tradicionais de sua juventude, mencionando sua admiração pela cantora Ada Falcón e seu apreço pela milonga — um gênero dançante e descontraído, considerado mais leve que o tango.
Durante uma edição do tradicional “Festival das Famílias”, realizada em 2015 na Filadélfia (EUA), o Papa Francisco marcou presença em um momento especial da Igreja Católica, que acontece a cada três anos em diferentes países. Naquele ano, o evento contou com apresentações musicais de destaque, como a lendária Aretha Franklin e a banda The Fray, que foram prestigiadas pelo pontífice.
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