
Taylor Swift compra os direitos de seus primeiros 6 discos
A cantora havia perdido o controle sobre suas primeiras gravações em 2019
Nesta sexta-feira (30), Taylor Swift surpreendeu os fãs ao anunciar que agora é oficialmente a dona dos direitos autorais de seus seis primeiros álbuns. Esses trabalhos, que originalmente pertenciam à gravadora Big Machine, passaram para as mãos do empresário Scooter Braun em 2019 e, posteriormente, foram vendidos à Shamrock Capital.
Desde o início da disputa, Swift vem relançando suas obras com as chamadas “Taylor’s Version” — quatro delas já foram disponibilizadas ao público.
Para compartilhar a conquista, a artista recorreu às redes sociais, onde publicou uma imagem enigmática ao lado de vinis de seus álbuns. A postagem direciona os fãs a uma carta publicada em seu site oficial, com mais detalhes sobre a notícia.
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No texto, a cantora revelou que o negócio foi feito com a gravadora Shamrock Capital, então detentora das gravações. Ela ainda aproveitou para atualizar os fãs quanto às esperadas regravações dos álbuns “Taylor Swift” (2006) e “Reputation” (2016). Sobre este último, a dona de “Bad Blood” compartilhou que não chegou a regravar “nem um quarto” do disco. “O álbum Reputation foi tão específico para aquele momento da minha vida, e sempre batia num bloqueio ao tentar refazê-lo”, falou.
Abaixo, confira o texto na íntegra traduzido:
“Transformar pensamentos em algo coerente tem sido difícil, mas agora estou tentando reunir todos os momentos em que sonhei acordada, desejei e ansiei por isso. Uma sequência de flashbacks — como um slideshow na minha mente — me mostra todas as vezes em que estive tão perto, estendendo a mão, apenas para ver isso escapar. Quase parei de acreditar que isso poderia acontecer, depois de 20 anos tendo a chance acenada na minha frente e então arrancada. Mas tudo isso ficou no passado agora. Tenho chorado de alegria em intervalos aleatórios desde que descobri que isso está realmente acontecendo.
Poder dizer estas palavras:
Todas as músicas que eu já fiz… agora pertencem a mim.
E todos os meus videoclipes.
Todos os filmes de show.
As capas de álbuns e fotografias.
As músicas inéditas.
As memórias. A mágica. A loucura.
Cada era.
Toda a obra da minha vida.
Dizer que este é o maior sonho da minha vida se tornando realidade é até uma forma reservada de colocar isso. Meus fãs, vocês sabem o quanto isso significou para mim – tanto que regravei meticulosamente meus álbuns, chamando-os de Taylor’s Version. O apoio apaixonado que vocês demonstraram por esses álbuns e pela música… Eu nunca vou conseguir agradecer o suficiente. O sucesso que vocês transformaram a The Eras Tour foi o motivo pelo qual consegui comprar de volta minha música – algo que sempre quis, mas nunca pude possuir até agora.
Tudo o que sempre quis foi a oportunidade de trabalhar duro o suficiente para, um dia, poder comprar minhas próprias gravações, sem amarras, sem parcerias, com total autonomia. Serei eternamente grata a todos da Shamrock Capital por terem sido as primeiras pessoas a me oferecer isso. Cada interação que tivemos foi honesta, justa e respeitosa. Para eles, foi um negócio; mas para mim, foi mais: minhas memórias, meu suor, minha caligrafia e décadas de sonhos. Estou infinitamente agradecida. Minha primeira tatuagem pode muito bem ser um trevo de quatro folhas bem no meio da testa.
Eu sei, eu sei. E Reputation (Taylor’s Version)? Sinceridade total: nem cheguei a regravar um quarto dele. O álbum Reputation foi tão específico para aquele momento da minha vida, e sempre batia num bloqueio ao tentar refazê-lo. Toda aquela resistência, o desejo de ser compreendida enquanto me sentia propositalmente incompreendida, aquela esperança desesperada, aquele rosnado de vergonha misturado com travessura… Para ser honesta, é o único álbum entre os seis primeiros que achei que não poderia ser melhorado ao ser refeito. Nem a música, nem as fotos, nem os vídeos. Então fui adiando. Vai chegar o momento (se vocês gostarem da ideia) das faixas inéditas daquele álbum virem à tona. Já regravei meu álbum de estreia completamente, e adoro como ele soa agora. Esses dois álbuns ainda podem ter seu momento de reaparecer quando for a hora certa — se isso for algo que deixaria vocês animados. Mas, se acontecer, não será a partir de um lugar de tristeza ou desejo pelo que eu gostaria que tivesse sido. Será apenas uma celebração.
Fico extremamente comovida pelas conversas que isso reacendeu dentro da indústria, entre artistas e fãs. Toda vez que um novo artista me diz que negociou a posse das próprias gravações em contrato por causa dessa luta, sou lembrada do quanto era importante que tudo isso acontecesse. Obrigada por se importarem com algo que antes era considerado técnico demais para uma discussão mais ampla. Vocês nunca saberão o quanto significa para mim o fato de cada detalhe disso tudo ter contado e nos trazido até aqui.
Graças a vocês, à boa vontade, ao trabalho em equipe e ao incentivo de vocês, as melhores coisas que já foram minhas… agora realmente são.
Radiante e maravilhada,
Taylor”